Natal (argh…)
Bom, com um título desses, existe uma possibilidade bem maior de chamar a atenção de todo mundo…
No final de cada ano, existe aquele sempre repetido ato de pensar em como foi o ano, o que faremos no ano que vem, se fizemos aquilo que havíamos planejado, enfim, aquelas coisas que fazemos no final do ano não pelo fato de ser no final do ano somente mas também porque sobra bastante tempo para isso, principalmente na semana entre o Natal e Ano novo.
Vou poupar a quem está lendo e não vou fazer nenhum balanço sobre a Futura (quer dizer, vou porém não aqui).
Fiquei pensando depois de conversar recorrentemente sobre o assunto (trazido de forma espontânea à baila): para que serve o Natal?
- Até os 10 anos de idade: para ganhar presente.
- Até os 20 anos de idade: quero grana.
- Até os 30 anos de idade: nada, nessa época a gente está sobrevivendo levando cacetada da vida – que a gente achava que era dura aos 20…
- Até os 40 anos de idade: quando isso tudo vai passar?
- A partir dos 40 anos, você cai na real que esse período, aliás o mês todo de dezembro, não vai mudar. A correria, esse frenesi para comprar presentes para pessoas ignoradas durante o ano todo, o famigerado amigo secreto, as festinhas de final do ano na firma (a nossa é em novembro!), todas as empresas tentando freneticamente terminar o ano empurrando qualquer coisa que eles acham que você precisa independente da quantidade de vezes que você polidamente recusou tais ofertas.
Talvez essa semana entre o Natal e Ano Novo seja mais calma não só porque todo mundo finalmente parou e foram viajar mas também porque a comparação é com o resto do mês.
Enfim, pausa para poder pensar um pouco nisso tudo.
Ano que vem: nada de presentes no Natal, dar presentes e se lembrar das pessoas durante o ano, viajar durante o mês de dezembro chegando para o Natal, nada de amigos secretos, se realmente alguém quiser dar ou receber presentes, que simplesmente entregue ele diretamente para a pessoa (sem esperar receber um em troca) e principamente: não mande email com votos de bom natal (se a pessoa não vale o seu esforço de comprar um cartal de natal e ir ao correio enviá-lo…)
Por último: lembrar que tem um monte de gente que não tem a menor condição de comprar presentes nesse natal e os correios tem uma campanha bem legal a qual você vai lá e escolhe uma cartinha para satisfazer o desejo da criança de receber o presente (lembra do início do texto? criança realmente gosta de receber presentes independente se os pais tem condição ou não de dar). É mais de um milhão de cartas endereçadas para o Papai Noel (sem endereço) que eles separam (poderiam simplesmente ignorar) e 50% delas não são atendidas.
Essa será a minha contribuição para o natal do ano que vem.
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