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Ser ou não um canastrão (ou como iniciar um blog)

marcos

É isso aí mesmo.

Incorporar o espírito do canastrão.

Para começar a escrever um blog, voce provavelmente se sentirá assim e é importante não lutar contra esse sentimento e sim, pelo contrário, deixar ele ajudá-lo nesse novo hábito.

Se voce lutar contra isso, provavelmente estará fazendo o que faz sempre quando escreve um documento profissionalmente: cercando-se de todas as informações necessárias, utilizando o jargão da sua área enfim… tão empolgante quanto lavar a louça do domingo.

Segundo o Joel, para você escrever e ser lido, deve escrever com humor. Todo mundo tem senso de humor (sim, eu sei, voce acha que não tem, que é diferente, que isso não é para você, ok: continue lendo) e existem certas práticas para aumentar o humor e, por consequência, o número de leitores. Vamos a elas:

  • Usar adjetivos.
  • Contar histórias ao invés de tentar descrever o fato.
  • Ter um início cativante.

Além disso, o “pulo do gato” com relação a um blog bem sucedido são dois pontos:

  • Defina um foco. Isto é fundamental pois é o fator que irá fazer com que as pessoas retornem ao seu blog. E o foco não precisa ser muito estreito. Por exemplo, se voce é um micro-empresário, pode escrever sobre o que sua empresa faz e também sobre a sua experiência em tocar a empresa no dia a dia. Perceba que esse foco é bem amplo: uma hora você poderá estar escrevendo sobre impostos, outra hora sobre uma eventual mudança física para outro local (ou como iniciar um blog!) e isso irá atrair uma audiência que dá um certo valor a este assunto.
  • Tenha opinião. Para causar polêmica e não ficar aquela coisa morna de voce defender um lado e depois o outro. Quem gosta de ler isso? Outro dia li sobre uma palestra que o Linus Towards deu a respeito de uma ferramenta que ele criou chamada GIT (um controle de versões/documentos). A primeira coisa que ele falou na palestra foi (CVS e SVN sao outras ferramentas que fazem mais ou menos a mesma coisa que a ferramenta que ele criou):

Quando eu digo que odeio CVS com paixão, também tenho que dizer que se houver algum usuário de SVN na audiência, vocês podem querer sair. Porque meu ódio por CVS significa que eu vejo Subversion como o projeto mais sem sentido já começado, porque o slogan para Subversion por um tempo era ‘CVS feito direito’ ou algo assim. E se você começa com esse tipo de slogan, não há para onde ir, não existe maneira de fazer CVS direito.

Alguém tem mais alguma sugestão?

 

Leitor Automático de Powerpoint

marcos

Participei, há algum tempo atrás, de um seminário sobre WEB 2.0 promovido pela Locaweb e lá pude sentir claramente como se fazer uma boa apresentação deixando a platéia conectada ou como cumprir o papel que a grande massa espera, fazendo uma apresentação medíocre, servindo somente de leitor do Powerpoint.

Se é para ler o que está escrito no Powerpoint, pra que a sua companhia deixaria você se ausentar de lá? Ela poderia mandar um estagiário: “olha, você vai ler tudo o que estiver escrito aqui, dica: passeie de um lado para o outro, faça cara de inteligente e procure alguns termos difíceis”. Assunto encerrado, você trabalhando e o estagiário lá, enchendo seu CV com mais uma apresentação.

A partir daí, resolvi estudar um pouco mais o assunto para também não cometer outros erros não tão óbvios e acabei me deparando com algumas fontes (citadas no final).

Resumidamente, existem três objetivos a serem perseguidos numa apresentação:

  1. Conecte-se com a sua audiência: ela deve perceber que você a conhece, conhece seus problemas e tem algo a acrescentar a ela. Conte uma história que elas já passaram, veja como seus olhos brilham enquanto você vai detalhando a experiência que elas já passaram. Se voce conseguiu isso, conseguiu o objetivo inicial de conectar-se a elas – pelo menos inicialmente.
  2. Prenda sua atenção: ande pela platéia, dê uma parada logo após descrever algo pesado contando uma piada ou história relacionada a aquilo que acabou de descrever, enfim sinta o ritmo da apresentação de forma que as pessoas não cansem. Lembre-se: se você falar mais que 15 minutos sem parar, descrevendo algo técnico, nem aquele nerd que fica de sexta para sábado codificando nos eventos da Microsoft irá aguentar!
    O ser humano, principalmente estes que vão a palestras, são pessoas preguiçosas por natureza. Se ele já conseguiu fugir da rotina indo a sua palestra, não queira que ele pense demais: é você que deve pensar antes, fazendo algo que ele consiga absorver sem muito esforço.
  3. Promova a compreensão e retenção da sua mensagem.

Se você estudar como isso funciona no cérebro das pessoas, isto é, sabendo que:

  1. Mudanças devem ter algum significado: não coloque aquele último efeito nas letras somente por colocar, as pessoas esperam que a mudança tenha algum significado. Não polua a sua apresentação.
  2. Não detalhe demais: as pessoas não irão mesmo se lembrar de tudo. Se precisa detalhar 64 itens (alguém realmente precisa ou vai se importar?), agrupe-os em itens mostrando os quatro primeiros, depois mostre os do nível inferior – deixando os outros esmaecidos em segundo plano somente para que todos tenham uma noção do contexto anterior.

Dois livros essenciais sobre o assunto: Clear to the Point (essencial para saber os fatores psicológicos de uma boa apresentação), Beyond Bullet Points (guia mais prático de como fazer melhores apresentações no Powerpoint).

E para quem acha que não precisa se preparar antecipadamente para uma apresentação, um post sobre como o Steve Jobs faz.

Ah, já ia me esquecendo, a figura do inicio se refere a uma história curiosa de um japonês que não tinha Powerpoint e acabou desenvolvendo um método de apresentação, o método Takahashi.